Bom dia, então o senhor é o José Antonio?
- Bom dia, sim delegado, sou eu.
- Pois bem o que o senhor tem a me relatar?
- Eu acordei, consultei meu relógio, verifiquei que era hora de levantar, levantei fui até o banheiro, escovei os dentes, lavei o rosto e quando estava terminando de me vestir, do quarto ouvi a campainha da porta, olhei pelo olho mágico e não vi ninguém, abri a porta e para minha surpresa vi um homem caído na soleira da porta.
- Certo, mas e aí? O que o Senhor fez?
- Olhei atentamente todo o corredor, fui até a porta do elevador, corri até as escadas e não vi ninguém.
- Que fez na sequência?
- Resolvi tocar o no homem para verificar se estava vivo. Então senti que o corpo estava frio e rígido, daí constatei que era um cadáver.
- Depois de ter constatado que se tratava de um cadáver, qual foi a sua atitude?
- Corri para o telefone e liguei para a central da policia.
- Pois bem, o senhor está dispensado por enquanto, mas amanhã compareça na delegacia para esclarecer melhor seu depoimento.
- Até amanhã seu delegado.
Este blog foi criado para atender a necessidades do curso Leitura e Escrita em Contexto Digital, da Escola de Formação de Educadores do Estado de São Paulo, curso direcionado para formação de educadores em mídias digitais. Visitem-nos sempre e contribuam para o enriquecimento do blog postando comentários e sugestões!
sábado, 28 de abril de 2012
sexta-feira, 27 de abril de 2012
Interrogatório 1
José Olímpio
_ A sessão está aberta! Está sendo julgado o réu Olívio de
Oliveira Grenwald pela acusação da morte do irmão, o Sr. Dionísio de Oliveira
Grenwald. Com a palavra, o advogado de acusação:
_ Meritíssimo, a promotoria pede
a condenação e a pena de 30 anos de detenção para o réu, pela acusação de assassinato
premeditado da vítima no dia 14 de maio de 2011, por volta das três horas da
manhã, próximo à residência do Sr. Alfredo Dantas Nobre, e depois ter deixado o
corpo da vítima na porta do Sr. Alfredo, com a intenção clara de incriminá-lo
pelo assassinato. É do conhecimento de todos que o Sr. Alfredo passou por maus
momentos desde que o corpo da vítima foi encontrado em sua porta, por ser o único
suspeito do crime; só depois que as investigações levaram até o réu, que hoje
aqui se encontra, é que o Sr. Alfredo pôde descansar tranquilizado, merecendo
até, por parte do Estado, retratação pública e indenização por danos morais.
_ Obrigado, Sr. Promotor, este
júri irá considerar sua indicação. Com a palavra, o advogado de defesa:
_ Meritíssimo, a defesa pede a
absolvição do réu por falta de provas concretas contra ele, uma vez que a
polícia tem como prova apenas uma gravação telefônica de uma conversa do réu
com a vítima, onde os dois discutem, como qualquer irmão discutiria, e combinam
um jantar no dia 14 de maio de 2011 para conversar sobre o assunto da herança
deixada pelo seu pai. A defesa entende que isso não é prova suficiente para se
acusar o réu de assassinato.
_ Obrigado à defesa. Agora o
promotor pode interrogar o réu.
_ Após o jantar que, segundo os
laudos, terminou por volta de uma hora da madrugada, o que o Sr. Fez?
_ Fui para minha casa.
_ Antes disso o Sr. Não teve uma
última discussão com seu irmão?
_ Não, nós combinamos que
deixaríamos a questão da divisão da herança por conta dos nossos advogados, uma
vez que o nosso pai não deixara testamento escrito.
_ Tem certeza que não houve
nenhuma discussão no restaurante?
_ Protesto Meritíssimo, o promotor
está tentando coagir o réu a uma declaração!
_ Protesto negado! O réu deve
responder à pergunta.
_ Tenho certeza.
_ Obrigado, sem mais perguntas.
_ Agora a defesa.
_ Sr. Olívio, segundo a gravação
telefônica o motivo da sua discussão com seu irmão foi o fato de ele se achar
com mais direito sobre a herança por ser mais velho, estou certo?
_ Está, sim senhor.
_ E o que conversaram durante o
jantar?
_ Nós não conseguimos chegar em
um acordo sobre a divisão da herança, por isso decidimos contratar advogados e
deixar o caso em suas mãos.
_ E tudo isso foi conversado
amigavelmente, ou como uma discussão?
_ Não houve discussão, ninguém
alterou a voz durante o jantar.
_ Obrigado, isso é tudo.
_ O Promotor pode chamar a
primeira testemunha.
_ Que entre o Sr. Tadeu Carlos
Albuquerque, garçon do restaurante onde o réu e seu irmão jantaram no dia 14 de
maio.
_ Levante a mão direita. O Sr.
jura dizer a verdade, nada mais que a verdade, em nome de Deus?
_ Juro, Meritíssimo!
_ Sr. Tadeu, foi o Sr. quem
serviu a mesa do réu e seu irmão?
_ Sim, senhor?
_ O Sr. pode descrever as feições
dos dois irmãos quando foi atendê-los?
_ Sim senhor, eles estavam com
semblantes graves, como se não estivessem à vontade na presença um do outro.
_ Protesto Meritíssimo! A testemunha
está fazendo conjecturas!
_ Protesto aceito! A testemunha
deve se limitar a responder o que lhe é perguntado, sem tecer comentários
pessoais.
_ Muito bem! O senhor percebeu se
o jantar transcorreu tranquilamente, ou se houve alguma alteração emocional por
parte de algum dos irmãos?
_ De início os dois não se
falaram muito, mas depois começaram a discutir, primeiro em voz baixa, e depois
praticamente aos berros.
_ O senhor ou o gerente do
estabelecimento tomaram alguma atitude?
_ Sim. Fui até à mesa e pedi que
se contivessem, pois estavam assustando os outros clientes?
_ E o que eles fizeram?
_ Pediram desculpas e ficaram calados por um tempo.
_ E depois?
_ Começaram a conversar
novamente.
_ O senhor chegou a ouvir o teor
da conversa?
_ Protesto Meritíssimo! A
testemunha não poderia provar nada do que disser neste tribunal sobre a
conversa dos dois irmãos!
_ Sr. Tadeu, o senhor pode provar
o que disser para responder essa pergunta?
_ Sim, Meritíssimo! Tem o meu
colega de trabalho como testemunha, ele estava junto comigo quando ouvimos a
conversa.
_ Protesto Meritíssimo! A segunda
testemunha poderia ser forjada!
_ Protesto negado! Sr. Tadeu,
responda à pergunta.
_ O Sr. Dionísio disse ao irmão
que, se o pai tivesse deixado um testamento, com certeza não teria deixado nada
para o irmão, pois sabia que ele era um irresponsável e que rapidamente daria
fim em todo o patrimônio herdado.
_ E o que o senhor Olívio respondeu?
_ Disse que tinha direito à
herança tanto quanto seu irmão, e teria a sua parte, nem que precisasse
matá-lo.
_ E depois?
_ O senhor Dionísio levantou-se e
disse ao irmão que seu advogado o procuraria; então jogou sobre a mesa uma nota
de 50 reais e saiu do restaurante.
_ E o que fez o réu?
_ Chamou-me e pagou a conta
apressado, então saiu.
_ O senhor viu alguma coisa fora
do restaurante?
_ Não senhor, não saí do
restaurante.
_ Obrigado, é tudo.
_ A testemunha é da defesa.
_ Sem perguntas, Meritíssimo.
_ Então a acusação pode chamar a
segunda testemunha!
_ Pode entrar o Sr. Augusto Dias
da Silva, garçon do mesmo restaurante onde o réu e a vítima jantaram!
[...]
_ O senhor reconhece o réu, aqui
presente?
_ Sim, ele estava no restaurante,
com seu irmão, no dia 14 de maio.
_ O senhor presenciou o teor da
conversa do réu com o seu irmão, no restaurante?
_ Presenciei uma parte da
conversa, junto com o meu colega de trabalho, o Tadeu.
_ O senhor se lembra do que
disseram?
_ O irmão mais velho, Sr.
Dionísio, disse que o irmão era um irresponsável e que o pai não deixaria
nenhuma herança para ele.
_ As palavras foram exatamente
essas?
_ Não exatamente, não me lembro
das palavras exatas, apenas do teor da conversa. Em outras palavras, foi isso o
que ele disse.
_ E o que o irmão respondeu?
_ Ele disse que também tinha
direito à herança, e que mataria o irmão, se fosse preciso.
_ Após saírem do restaurante, o
senhor viu o que fizeram?
_ Não senhor.
_ Obrigado, é tudo.
_ A defesa pode interrogar a
testemunha.
_ Senhor Augusto, o senhor
recebeu alguma soma em dinheiro para ser testemunha neste júri?
_ Protesto Meritíssimo! A
acusação está levantando hipóteses infundadas!
_ Protesto negado! A testemunha
pode responder à pergunta?
_ Não senhor, não recebi nada.
_ Sem mais perguntas,
Meritíssimo.
_ A sessão está suspensa até às
nove horas de quinta-feira. Sugiro que a defesa e a acusação procurem reunir
provas mais contundentes para darmos prosseguimento ao caso.
segunda-feira, 23 de abril de 2012
Interrogatório
José Olímpio
_ A que horas o senhor encontrou o corpo na sua porta?
_ Por volta das sete e meia.
_ Como o senhor soube que o indivíduo estava morto?
_ Eu coloquei a mão em seu nariz e não senti sua respiração, depois toquei o corpo e verifiquei que estava frio e rígido.
_ O senhor viu alguma coisa estranha nas redondezas, alguém andando por ali, espreitando, ou coisa do gênero.
_ Não, não havia ninguém na rua. Seu delegado, vai demorar muito? Eu preciso ir trabalhar!
_ Sinto muito senhor... como é mesmo o seu nome?
_ Alfredo.
_ Sinto, senhor Alfredo, mas temos que apurar o que pudermos para ajudar na solução do caso. O senhor se importa se olharmos dentro da sua casa?
_ Não... mas o que poderia encontrar aqui?
_ Não sei, é isso que queremos descobrir. Homens, vasculhem o interior da casa à procura de pistas, e lá fora também. O senhor tem alguma idéia de por que o cadáver foi colocado justamente na sua porta?
_ Não senhor, não faço idéia.
_ O que o senhor fazia antes de encontrar o corpo?
_ Me preparava para ir trabalhar.
_ E antes disso?
_ Estava dormindo?
_ Não ouviu nenhum barulho estranho enquanto estava na cama? Talvez o barulho de um tiro, ou de pessoas brigando?
_ Não, nada, eu tenho sono pesado.
_ Muito bem. Quando meus homens terminarem seu trabalho o senhor estará dispensado, mas terá que comparecer amanhã à delegacia para prestar mais depoimentos.
_ Pode ser depois do trabalho?
_ Tudo bem, mas não falte!
_ O senhor já identificou o corpo?
_ Ainda não, os homens estão trabalhando nisso. Não encontramos nenhum documento de identificação nos bolsos da vítima.
_ Que coisa estranha!
_ É, muito estranho. Muito bem, senhor Alfredo, não vamos mais tomar o seu tempo. Espero o senhor amanhã na delegacia.
_ Ok.
_ A que horas o senhor encontrou o corpo na sua porta?
_ Por volta das sete e meia.
_ Como o senhor soube que o indivíduo estava morto?
_ Eu coloquei a mão em seu nariz e não senti sua respiração, depois toquei o corpo e verifiquei que estava frio e rígido.
_ O senhor viu alguma coisa estranha nas redondezas, alguém andando por ali, espreitando, ou coisa do gênero.
_ Não, não havia ninguém na rua. Seu delegado, vai demorar muito? Eu preciso ir trabalhar!
_ Sinto muito senhor... como é mesmo o seu nome?
_ Alfredo.
_ Sinto, senhor Alfredo, mas temos que apurar o que pudermos para ajudar na solução do caso. O senhor se importa se olharmos dentro da sua casa?
_ Não... mas o que poderia encontrar aqui?
_ Não sei, é isso que queremos descobrir. Homens, vasculhem o interior da casa à procura de pistas, e lá fora também. O senhor tem alguma idéia de por que o cadáver foi colocado justamente na sua porta?
_ Não senhor, não faço idéia.
_ O que o senhor fazia antes de encontrar o corpo?
_ Me preparava para ir trabalhar.
_ E antes disso?
_ Estava dormindo?
_ Não ouviu nenhum barulho estranho enquanto estava na cama? Talvez o barulho de um tiro, ou de pessoas brigando?
_ Não, nada, eu tenho sono pesado.
_ Muito bem. Quando meus homens terminarem seu trabalho o senhor estará dispensado, mas terá que comparecer amanhã à delegacia para prestar mais depoimentos.
_ Pode ser depois do trabalho?
_ Tudo bem, mas não falte!
_ O senhor já identificou o corpo?
_ Ainda não, os homens estão trabalhando nisso. Não encontramos nenhum documento de identificação nos bolsos da vítima.
_ Que coisa estranha!
_ É, muito estranho. Muito bem, senhor Alfredo, não vamos mais tomar o seu tempo. Espero o senhor amanhã na delegacia.
_ Ok.
quarta-feira, 18 de abril de 2012
Roseli Valeriano da Silva Ferreira
A experiência sobre leitura que posso relatar é sobre as diversas histórias que meus avós maternos sempre contavam, quando a família estava reunida. Histórias em que todos prestavam muita atenção, pois sempre tinham ar misterioso e isso fazia a imaginação fluir.
Já a escrita o meu contato foi na escola, onde aprendi as primeiras letras, que momento maravilhoso para uma criança descobrir o significado as letras e poder escrever e ler.
segunda-feira, 16 de abril de 2012
Minhas histórias de leitura e escrita
Trago na lembrança meu primeiro livro que recebi de presente de minha professora do ensino infantil "O cachorrinho Samba" e o tenho até hoje. Minha mãe lia para mim, meu pai gostava de contar histórias quando ia dormir. E tenho ainda minhas avós (materna e paterna) que me contavam muitas história de suas vidas, da infância, do período de guerra, da vida nas fábricas de tecelagem do Matarazzo, etc. A leitura e a escrita causaram impacto em minha vida no momento em que comecei meu mestrado. A leitura nessa etapa fez sentido na ampliação de repertório, autonomia, prazer, informação, desenvolvia o senso crítico, enriquecia meu vocabulário e resultou no que eu achava que nunca iria dar conta - minha dissertação. Confesso que a escrita foi bem mais dolorida, mas, todas as leituras que fiz me deram autonomia para produzir um texto único e autêntico. Sou como minhas avós e meu pai...uma contadora de histórias, então, vou para por aqui.
domingo, 15 de abril de 2012
Experiência Com a Palavra Escrita - Simone
Não tenho lembranças de meus pais lendo para mim, pois meu pai morreu quando eu tinha apenas 6 anos e minha mãe teve que trabalhar muito para sustentar eu e mais dois irmãos. O único momento mágico que posso contar é o talento de minha avó para contar histórias. Conhecer o passado dela ouvindo o que ela tinha para contar significou para mim um momento de pura imaginação e através de seus depoimentos e leitura começei a desevolver o gosto pela leitura.
Perfil de Simone Schiabel Geraldini
SIMONE SCHIABEL GERALDINI
Conchal-SP
Conchal-SP
Olá Pessoal!
Sou professora de Ciências e atuo como coordenadora em uma escola em Conchal . Espero com esse curso auxiliar meus professores. Sou casada, amo minha familia e tenho dois filhos maravilhosos, Joao Felipe e Vitor Hugo.
Experiência com a palavra escrita...
Minha experiência com a palavra escrita começou, de fato, quando entrei na escola, no 1º ano primário. A minha primeira professora, dona Vilma, era um amor de pessoa e muito dedicada. Até o final do ano eu já estava alfabetizado. Mas meu gosto pela leitura e escrita começou na 7ª série, influenciado por outra excelente professora de português que tive... não me lembro do seu nome, mas lembro muito bem do seu profissionalismo e sua total entrega aos objetivos da educação. Comecei a ler muito naquela época e nunca mais parei. Lia muito poesia e também comecei a escrever poemas, e até hoje escrevo. Ah, sim... o nome da professora é Carolina, agora me lembrei... Confesso que no momento tenho lido muita teoria sobre educação, deveria ler mais literatura... mas para cada momento uma necessidade.
Perfil de José Olímpio Teixeira dos Santos
Olá! Tudo bem com vocês?
Sou professor de Língua Portuguesa, há 3 anos exercendo a função de Coordenador Pedagógico na EE Anézia Amorim Martins, na cidade de Itaoca e há 07 anos na educação estadual. Também sou pós-graduado em Gestão do Currículo pela USP e concluinte de Pedagogia pela UNAR. Sou cinéfilo inveterado e gosto muito de boa música, dança contemporânea e viagens. Espero que nos demos muito bem ao longo do curso...
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